A falta de mobilidade urbana no Brasil representa um dos principais problemas da atualidade. Do ponto de vista das pessoas que precisam sair todos os dias de suas casas para ir ao trabalho, essa rotina de enfrentar o trânsito das grandes cidades causa sérias consequências à saúde física e mental.
Por outro lado, as empresas também sofrem com o desgaste de seus colaboradores, já que muitos, já chegam cansados e estressados. Isso prejudica a produtividade e, consequentemente, os bons resultados do negócio. Contudo, é possível tomar atitudes que minimizem esses impactos.
Se você é gestor de RH e quer implementar soluções de mobilidade urbana em sua empresa, confira as dicas deste post. Vamos listar os principais problemas enfrentados no Brasil acerca do assunto e indicar as melhores medidas que as organizações podem tomar para solucioná-los. Então, fique atento e boa leitura!
Principais problemas da mobilidade urbana
A mobilidade urbana no Brasil enfrenta diversos problemas oriundos do mal planejamento das cidades e do aumento desenfreado da quantidade de veículos circulando pelas ruas. Por conta disso, existem 3 tipos de situações frequentemente enfrentadas pelos cidadãos que vamos abordar a seguir.
Trânsito caótico
O excesso de veículos circulando todos os dias e, grande parte deles, nos mesmos horários, torna o trânsito um verdadeiro caos. As vias das grandes cidades foram projetadas em uma época que não se imaginava tamanha expansão da indústria automobilística. Portanto, elas não estão preparadas para garantir a fluidez almejada.
Por outro lado, a população foi fortemente estimulada a adquirir os veículos para terem mais independência e liberdade de ir e vir. Entretanto, uma cena muito comum é presenciar diversos carros levando apenas o motorista, que leva horas para se deslocar, pois há muito carros na via ao mesmo tempo.
Transporte público de má qualidade
A solução primária para o grande volume de veículos nas ruas seria o transporte público. Mas, na realidade, o que vemos é um descaso com o serviço. Faltam ônibus de qualidade, linhas de trens e metrôs que atendam diversas localidades e integração entre esses modais.
Além disso, as empresas desse tipo de transporte visam minimizar ao máximo seus custos e, por isso, estabelecem intervalos que possibilitem que os veículos circulem sempre cheios. Resultado: desconforto aos passageiros que se cansam e se estressam mais facilmente.
Falta de incentivo a outros modais de transporte
Uma segunda forma de reduzir os carros nas ruas seria a adoção de outros modais de transporte. Entretanto, nem todas as cidades estão preparadas para isso. O uso da bicicleta, por exemplo, seria muito mais seguro e convidativo se todas as vias principais contassem com ciclovias ou se a prática do uso de equipamentos de segurança fosse mais difundida.
Além disso, as pessoas ainda cultivam o hábito de optar pelo modal que lhe oferecer o menor esforço, mesmo que para isso elas tenham que ficar mais horas no trânsito e tenham que gerenciar melhor o tempo depois. Então, falta um incentivo, algo que mostre que outras formas de deslocamento podem ser muito mais vantajosas tanto para o bolso quanto para a saúde delas.
Medidas que as empresas podem e devem tomar
Diante dos problemas expostos, fica evidente que a empresa tem possibilidade de contribuir para minimizar os impactos e proporcionar melhorias nesse quesito para seus colaboradores. Sendo assim, vamos conhecer algumas ideais que você pode aplicar onde você trabalha.
Incentivar o uso de transportes alternativos
O primeiro ponto é incentivar o uso de outros tipos de transporte pelos colaboradores. Para aqueles que não moram tão distantes, uma caminhada ou corrida podem fazer muito bem. Além de economizar o valor do vale-transporte, essa prática ajuda na saúde, condicionamento físico e bem-estar das pessoas.
Para aqueles que moram um pouco mais distantes, a bicicleta é uma excelente aliada. Além de proporcionar os mesmos benefícios à saúde que as caminhadas, elas podem ser até mesmo mais rápidas do que um carro ou transporte coletivo.
Estimular a carona compartilhada
Outra prática bastante interessante é o uso da carona compartilhada. Dessa forma, uma pessoa que iria sozinha para o trabalho poderá levar até 4 pessoas consigo. Ou seja, são 4 carros a menos no trânsito e 5 pessoas compartilhando os custos de apenas 1 veículo, em lugar de cada um ter que manter o seu.
Esse esquema pode ser feito por meio de aplicativos para celulares, por um programa interno de incentivo ou até mesmo em parceria com outras empresas da região. Além de contribuir com a mobilidade, a prática ainda aumenta a rede de contatos e aproxima as pessoas.
Implantar horários flexíveis e política de home office
Um dos principais empecilhos que os profissionais encontram em mudar o meio de transporte para o trabalho está na incompatibilidade de horários. Nesse sentido, a flexibilidade nas jornadas ajuda a dar mais poder de escolha sobre como e quando sair de casa. Isso faz com que muitas caronas sejam viabilizadas e o uso do transporte público em horários mais tranquilos seja mais atrativo.
Por outro lado, alguns cargos possuem atividades que não exigem a presença de seus ocupantes nas dependências da empresa todos os dias da semana. Assim sendo, uma política de home office bem estruturada ajuda a diminuir a frequência de idas ao local de trabalho. Com isso, há uma redução de custos com alguns benefícios e ainda uma melhora no uso das estações de trabalho.
Como vimos, os problemas de mobilidade urbana no Brasil trazem muitos prejuízos para os funcionários e para as organizações. Portanto, é fundamental que as empresas invistam em ações que minimizem a questão e proporcionem mais saúde e qualidade de vida às pessoas. Se você quer que seus colaboradores sejam mais produtivos e felizes, siga estas dicas e contribua para o bem-estar de todos.
Gostou do post? Que tal se aprofundar um pouco mais sobre o uso da carona compartilhada? Confira os benefícios de incentivar essa prática para ir ao trabalho!