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Lei da mobilidade urbana corporativa: veja o que você precisa saber sobre

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O trânsito das cidades está cada dia mais caótico. A população cresce em um ritmo muito maior do que a infraestrutura das vias suporta e a falta de investimentos na adequação e melhoria dos transportes só piora a situação. Desde 2012 está em vigor a Lei da Mobilidade Urbana, contudo, muitas pessoas ainda desconhecem a sua existência e todos os direitos e deveres que ela promove.

Quer saber mais sobre e como ela pode afetar a sua empresa? Confira os detalhes neste artigo!

O que é a Lei da Mobilidade Urbana?

A Lei nº 12.587/2012, é direcionada à proposição de diretrizes e soluções que amenizem os problemas causados pelo crescimento do volume de veículos, principalmente nas grandes cidades, como as capitais e os polos regionais.

Seu intuito é promover melhorias que reduzam o impacto ambiental, social e discriminatório que acontece atualmente nas vias espalhadas pelo país.

Ela está em vigor em todo o Brasil?

A lei tem abrangência nacional, mas apenas as cidades com mais de 20 mil habitantes e aquelas que são obrigadas por lei a manter um plano diretor têm a obrigatoriedade de segui-la. De acordo com o texto, o plano de mobilidade deve fazer parte do plano diretor da cidade, de forma que ambos estejam em conformidade entre si.

Quais são os benefícios que essa lei proporciona?

A Lei da Mobilidade Urbana é composta por 28 artigos que visam promover melhorias para os cidadãos no que se refere ao uso compartilhado das vias das cidades. A seguir, destacamos alguns dos benefícios que sua aplicação promove.

Integração dos meios de transporte

A integração dos diferentes modais de transporte é uma grande ajuda, principalmente para a parte da população que mora mais afastada do seu local de trabalho ou estudo. Essas pessoas precisam enfrentar mais de uma condução ao longo de seu deslocamento e isso gera transtornos e altos gastos com o vale-transporte.

A lei prevê que as cidades devem proporcionar a integração entre as diversas modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus, de forma a agilizar o trajeto dos usuários e gerar uma redução significativa nos custos das tarifas.

O que é bastante utilizado nas cidades que já adotam o modelo é o oferecimento de um desconto na segunda tarifa, o qual varia conforme o local e o meio de transporte.

Melhoria da mobilidade

Com um enfoque maior nos meios não motorizados de transporte, a lei busca uma redução no número de veículos particulares nas vias, principalmente nos horários de pico. Além disso, ela prevê o investimento na melhoria dos transportes coletivos, com a implementação de corredores exclusivos e de uma frota mais moderna e confortável.

Dessa forma, o trânsito ganha mais fluidez e os meios coletivos ou não motorizados podem ser até mais rápidos do que o uso do carro próprio.

Uma prova disso foi o último Desafio Intermodal, realizado na cidade de Belo Horizonte, no qual os dois primeiros colocados estavam em bicicletas comuns e o terceiro em uma bicicleta motorizada. O participante que utilizou o carro próprio gastou mais que o dobro do tempo do primeiro colocado.

Aumento na acessibilidade

Quando pensamos em mobilidade urbana, é preciso ter em mente que cada cidadão tem necessidades diferentes de deslocamento. No caso das pessoas que têm alguma deficiência motora ou visual, as dificuldades de utilizar os meios de transporte públicos eram ainda maiores antes da existência da Lei da Mobilidade.

Os municípios e as empresas são obrigados a adaptar toda a infraestrutura de forma a garantir que esses cidadãos tenham acesso fácil às áreas públicas da cidade. Isso envolve o uso de pisos táteis nas calçadas, rampas de acesso nos meios-fios e elevadores nos ônibus coletivos.

Restrição da circulação em determinados horários

O famoso rodízio de carros, que teve início na cidade de São Paulo, é o exemplo mais claro da aplicação dessa restrição. Cada cidade tem suas demandas específicas de restrição à circulação, como a proibição de veículos pesados em determinadas regiões nos horários de pico ou a adoção de corredores exclusivos para ônibus.

Cada caso tem que ser avaliado separadamente, e a decisão deve ser tomada em conjunto entre a população e os gestores públicos.

Políticas de estacionamentos

Outra diretriz importante diz respeito às políticas de estacionamentos, tanto públicos quanto privados. Nesse caso, a intenção é tornar a alternativa de utilizar o veículo privado cada vez menos viável e, assim, reduzir o volume de carros nos locais mais tumultuados.

Uma boa estratégia é a criação de estacionamentos gratuitos próximos aos terminais de maior circulação, o que faz com que as pessoas percorram a parte mais crítica do trajeto por meio do transporte público. Além disso, as cidades podem aumentar o valor cobrado pelas vagas rotativas nas regiões com tráfego mais intenso para diminuir ainda mais o volume de veículos.

Como essa lei impacta as empresas?

Do ponto de vista das empresas, os impactos são mais indiretos, mas muito importantes. Um colaborador que enfrenta um trânsito caótico e engarrafado para chegar ao trabalho já começa o dia estressado e cansado. Sua produtividade diminui e os impactos são facilmente percebidos nos resultados entregues.

Quando a empresa investe na qualidade de vida de seus trabalhadores, eles desempenham suas funções com muito mais motivação. O incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte, por exemplo, gera benefícios à saúde, além de liberar hormônios como a adrenalina e a serotonina, que provocam um bem-estar natural.

Enfim, a adoção das medidas propostas pela Lei da Mobilidade Urbana nas empresas é de grande ajuda para a melhoria do clima organizacional e para a promoção da saúde dos colaboradores. Como consequência, eles apresentam um aumento em seu rendimento e desempenham suas tarefas com mais motivação e qualidade. Ganha o colaborador e ganha também a empresa!

O que achou deste artigo? Bacana, não é mesmo? Então, que tal se aprofundar um pouco mais nessa questão? Conheça 4 maneiras de otimizar os custos com mobilidade nas empresas.

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