O deslocamento de casa para o trabalho é um dos grandes fatores que impactam a qualidade de vida das pessoas e a produtividade interna das empresas. As longas horas no trânsito e todo o estresse de pegar um ônibus lotado ou lidar com motoristas imprudentes são problemas enfrentados por boa parte da população brasileira. Diante disso, é fundamental otimizar os custos com mobilidade para amenizar essa situação.
Contudo, muitos gestores e empresários ainda não conhecem as opções de transporte alternativo que podem ser utilizadas e incentivadas pelas organizações. Elas reduzem não apenas os gastos da empresa e dos funcionários como também contribuem para melhorias no trânsito e para o meio ambiente, além de otimizar custos.
Então, vamos falar sobre os principais custos que as empresas têm em relação à mobilidade e quais são as alternativas que podem ser adotadas para otimizar custos. Boa leitura!
Quais são os principais custos com mobilidade nas empresas?
Os custos com mobilidade costumam variar conforme o ramo de atividade do empreendimento, porém, alguns deles são comuns a todos. São eles que destacaremos a seguir.
Transporte público
O vale-transporte é um direito do trabalhador garantido por lei. A empresa é obrigada a fornecê-lo de forma antecipada e o empregado, por sua vez, deve ressarcir parte do valor por meio de desconto na folha de pagamento. Mesmo sendo de caráter compulsório, o funcionário pode se abster do benefício caso o julgue desnecessário.
Ele deve ser utilizado exclusivamente para o trajeto entre casa, trabalho e vice e versa. Caso acumule saldo de um mês para o outro, a empresa deve completar apenas com o suficiente para o período seguinte. O uso indevido do benefício, no caso, gera advertência e pode até ser motivo de uma demissão por justa causa em casos mais graves e recorrentes.
Combustível
Muitas empresas oferecem o vale-combustível como um benefício alternativo aos funcionários que não dispõem de acesso ao transporte público ou que não veem vantagem em utilizá-lo. Além disso, existem os casos de cargos que exercem funções externas, como representantes comerciais, nos quais o uso de veículo próprio a serviço da empresa é bastante comum.
Em ambas as situações, existe um custo para a empresa manter o benefício. No segundo caso, é ainda mais grave, visto que se trata de uma forma de ressarcimento ao trabalhador. Logo, é algo que não pode deixar de ser oferecido sem gerar consequências negativas para a organização.
Manutenção de veículos
Existem ainda cenários de negócios que contam com uma frota própria. Independente da quantidade de unidades e dos tipos de veículos eles precisam passar por manutenção preventiva além de reparos ao longo do tempo de uso. Logo, tudo isso onera a composição geral de custos.
Deixar de realizar as manutenções é ainda pior! Afinal, o custo de reposição de algumas peças e o tempo de indisponibilidade do veículo causam impactos significativos. Além disso, isso implica em risco à saúde e integridade física dos funcionários envolvidos na condução e uso dessas unidades.
Como otimizar estes custos?
A melhor forma de otimizar custos com mobilidade nas empresas é reduzindo a necessidade do uso de alguns meios. A frota própria e os funcionários que utilizam o veículo próprio a serviço da empresa não podem ser alterados, mas, para os demais casos, existem alternativas, como vamos mostrar adiante.
1. Incentivar o transporte colaborativo
O transporte colaborativo consiste no uso compartilhado de veículos particulares de forma a otimizar sua utilização. Nesse sentido, em vez de várias pessoas irem ao trabalho sozinhas, elas se juntam para dividir um único carro. Isso reduz o volume de veículos no trânsito, melhora a fluidez das vias e ainda diminui os gastos do motorista.
A empresa pode criar um programa de incentivo que ajude os colaboradores a encontrar colegas que fazem itinerários semelhantes. Assim, eles conseguem se beneficiar com a iniciativa e a empresa economiza com o vale-transporte e o vale-combustível.
2. Permitir horários mais flexíveis para facilitar caronas
Um dos problemas enfrentados por quem oferece e pega carona é a questão dos horários. Muitas vezes as pessoas moram perto, trabalham na mesma empresa, mas cumprem jornadas diferentes, inviabilizando a prática.
Nesse sentido, a empresa pode flexibilizar os horários para facilitar esse processo. Assim, o transporte compartilhado passa a ser uma alternativa mais interessante e atraente tanto para o motorista quanto para os passageiros. Além disso, a ideia ainda ajuda as pessoas a se conhecerem melhor, criando bons relacionamentos entre a equipe.
3. Incentivar o uso de meios alternativos de mobilidade
Nem só de transporte coletivo ou de carro é feito o trânsito. As pessoas podem ir ao trabalho de bicicleta ou até mesmo a pé, dependendo da distância entre sua residência e a empresa. Para isso, porém, elas precisam contar com uma infraestrutura mínima que proporcione conforto e segurança.
Sendo assim, por causa da atividade física intensa, elas devem ter acesso a um vestiário com chuveiro, a fim de se prepararem adequadamente para a rotina na empresa, e armários, para deixarem seus pertences, como toalha, roupas e itens de higiene pessoal. Além disso, é importante ter um bicicletário para manter as bicicletas a salvo de ladrões.
4. Implantar o regime home office para alguns funcionários
Algumas das funções exercidas nas empresas podem ser realizadas perfeitamente a distância. Nesses casos, é interessante criar uma política de home office que permita que parte dos colaboradores trabalhe em casa durante alguns dias da semana.
Com isso, a necessidade de deslocamento diminui, junto aos demais gastos relacionados. É claro que nem todos podem desfrutar dessa “regalia”, mas o grupo que aderir à prática já consegue alcançar reduções significativas.
Enfim, otimizar custos com mobilidade em uma empresa não é uma tarefa simples, mas também não é algo tão difícil. Além dos benefícios financeiros, essa atitude ajuda na qualidade de vida dos funcionários e em melhorias para o trânsito e para o meio ambiente. Portanto, é um esforço que, com certeza, vale muito a pena.
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